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Uyuni: Muito mais do que uma aventura

Atualizado: 16 de jul. de 2021

Em 2015, minha amiga Bella, me chamou junto com a Giuly pra fazer uma trip entre amigas para o Peru e Bolívia, com foco em Machu Picchu e Salar do Uyuni. Eu desconhecia o Salar do Uyuni e naquela época a Bolívia estava fora dos lugares que eu queria conhecer, mas arrumei 10 dias de férias e fui!


A viagem começou em Cusco, seguida por Machu Picchu, lugares de uma energia, cultura, pessoas, gastronomia indescritível. Eu não vejo a hora de poder voltar e me aventurar mais nesse país: visitem o Peru, visitem a América do Sul!


Eu brinco que o Peru foi o aquecimento, eu realmente não tinha ideia do que verdadeiramente me aguardava nos próximos dias e como eu sairia daquele lugar.


Chegamos na cidade do Uyuni, fechamos um carro com um guia só pra gente. Nosso guia foi o Agostino, pai do José David, dono da agência e ambos locais da cidade.

O Agostino (foto) era um senhor, baixinho e com características e traços bem bolivianos, isso era o externo, a primeira impressão e nesse primeiro contato já rolou uma afinidade. Em poucos minutos ele já apelidou nosso grupo como: “Barbie y sus amigas”. Detalhe: das três amigas, a loira do grupo era a Bella, mas eu quem era a Barbie daquela época, um casaco corta vento pink e um tênis pink. Nossa conexão estava feita!





Partimos pro deserto e nosso primeiro almoço foi preparado e embalado pela esposa do Agostino. Tinha tanto amor, tanto cuidado e tanto afeto naquela comida, era comida preparada com intenção. Eu destaco a saborosa e inesquecível quinoa e uma torta de limão dos deuses (foto).

Ao escrever me teletransporto para esse dia, sinto o gosto e o cheiro: memória afetiva.



No final do primeiro dia, estávamos na estrada, há poucas horas de chegar no próximo abrigo, já era início da noite. De repente o Agostino parou o carro, desligou o farol e falou apontando para o lado esquerdo do carro: “Mira chicas”. Surgia uma BOLA LARANJA em meio aquele céu negro e deserto, era a lua, uma esplêndida lua cheia nascendo (foto - melhor que consegui com o celular da época). Foi inacreditável. Saímos do carro e ficamos um tempo ali contemplando, estava presente, corpo, mente e espírito.




Um dia com o Agostino e ele me fez despertar para tantas coisas, em especial sobre sentir. A partir dali eu comecei a observar ainda mais cada gesto, cada fala e cada olhar daquele ser humano tão iluminado.

Na nossa penúltima noite no deserto, ficamos hospedadas em um abrigo numa região muito mais fria da que estávamos. O abrigo (fotos) não tinha isolamento térmico e nem água quente e é claro que passamos um dia sem banho. Eu senti demais a queda da temperatura que já não estava alta, e o Agostino sentiu que eu estava bem desconfortável e ficou bastante preocupado. Ele preparou uma sopa pra gente e abriu um vinho pra ajudar a esquentar. Fomos deitar, fazia muito frio, as roupas e cobertores não davam conta. De repente, nosso anjo aparece com uma garrafa pet com água quente para cada uma de nós aquecermos nossos pés e com isso relaxar para dormir.

Aquele simples gesto mexeu muito comigo: falava sobre cuidado e um olhar humano. Mais uma coisa que me faltava despertar, mais uma aula na escola da vida.



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